sexta-feira, 30 de março de 2012

A arte de contar histórias

    O texto nos mostra a grande importância de contar histórias, uma atividade que a cada dia que passa está sendo mais esquecida não só pelos pais como pelos educadores.
    Nele, podemos ver um pouco de como foi o início dessa atividade, que relações ela cria, que benefícios traz para a criança e como se encaixa no âmbito pedagógico.
    A inserção da mídia está a cada dia mais precoce na vida das crianças, o que dificulta o seu processo de socialização, uma vez que ao invés de estarem interagindo, passam horas na frente do computador, do vídeo game, da televisão... Sobre isso, destaquei uma parte do texto, na página 7, que me chamou muito a atenção:
    "A nossa fome por histórias pode ser satisfeita pela mídia, por meio da televidão, do computador, enfim, por todos esses meios modernos.
    Mas, por meio deles, não sentimos o mesmo que experimentamos quando uma história é contada oralmente: a presença, o comportamento que envolve o estar junto com outra pessoa e exercitar a capacidade de ouvir."
     Entre os inúmeros benefícios que essa atividade traz para a criança, podemos destacar:
  • O despertar de sentimentos e emoções.
  • O aumento de seu tempo de atenção e concentração.
  • O desenvolvimento da capacidade de ouvir, da imaginação, da comunicação, do gosto pela leitura, da curiosidade...
    Não posso deixar de destacar outro parágrafo que também chamou muito minha atenção, nas páginas 7 e 8 que fala do âmbito pedagógico, onde achei muito interessante a questão da transposição que a criança faz da vida real para o conto de fadas:
     " Esse aspecto de contar e ouvir histórias entra no âmbito pedagógico. Ninguém pode negar que esse valor catártico faz o sujeito que ouve histórias liberar as angústias que guarda no subconsciente. A criança, ainda mais facilmente, parece liberar as angústias com as histórias que lhe são contadas. A idade infantil é muito conturbada, porque a criança tem que fazer grandes conquistas e, para isso, muitos esforços lhe são exigidos nos primeiros anos de vida. Ela tem de aprender a ficar em posição ereta, aprender a andar, ela tem de controlar os esfíncteres, tem de ter autonomia na vida cotidiana, tem de aprender a comer sozinha, a vestir-se, a despir-se, enfim, tem de aprender a fazer todos esses atos que são, para ela, verdadeiras conquistas que requerem muitos esforços repetitivos. Nesse momento, O fato de ela poder ser herói, o fato de tornar-se um herói ou um animal feroz que enfrenta os perigos e obstáculos constitui uma experiência positiva. Esse esforço desse pequeno herói - que tem lugar quando a criança pode viver um personagem de uma história que é contada - traduz-se numa boa sensação. Nesse momento e nesse papel, ela sente-se muito bem. Tornar-se um herói ou um animal, permite a ela vivenciar as experiências que o herói está vivenciando, e todas as conquistas que ele faz se tornam parte da própria vida da criança."       
      Destaco ainda o trabalho feito pelos educadores e pela prefeitura de Bolonha, criando cantos de leitura em creches e pré-escolas e bibliotecas para as crianças. Sobre a importância desse trabalho, destaco o seguinte parágrafo (páginas 12 e 13): 
    " Abrir uma biblioteca para uma criança significa criar um ambiente onde a criança tenha a possibilidade de desenvolver um conhecimento, uma proximidade com o livro, como um objeto que tem suas próprias características. Esse contato permite que a criança se relacione de uma maneira física com o livro. Nesse caso, o livro não é só um texto, mas um objeto... O livro torna-se uma abordagem para adentrar um universo de maravilhas. O canto da leitura torna-se o lugar onde o conteúdo é fascinante. O fato de que a criança pode fantasiar faz de qualquer lugar um espaço fantástico. Nessas bibliotecas, a criança tem acesso aos livros que são colocados em prateleiras baixas, na altura das crianças, para que esse contato direto aconteça. A partir disso, outras atividades podem acontecer nos laboratórios de criatividade, em que a criança pode aprofundar o aspecto fantástico da leitura."    
    Para finalizar, apresento esses dois vídeos que falam não só da importância de contar histórias como de brincar, o que como vimos em sala também tem sido muito esquecido pelos professores de educação infantil. 
   
Brincar é importante
     
    A música O caderno fala da relação do caderno com o aluno durante toda a vida escolar, do cuidado e do aprendizado não só na parte lúdica dos desenhos como no conteúdo escolar em si, o que como já foi contado, esteve bem presente na minha infância, onde minha mãe encapava todos os meus cadernos e me ensinava sempre a cuidar muito bem deles, fase essa onde o caderno de desenho era o meu preferido. 

Minha infância

    Poder lembrar da minha infância é algo maravilhoso. Época mágica, feliz, onde nossas únicas preocupações são aprender, brincar, fazer novas descobertas a cada dia.
    Minha infância foi maravilhosa, fui a primeira neta das minhas duas avós, já meus avôs, nunca pude conviver muito, pois um morreu eu ainda era muito pequena e o outro sempre morou muito distante. Como toda primeira neta, sempre fui muito mimada e mesmo tendo tido sérios problemas de saúde, era muito levada.  
    Apesar de toda peraltice, gostava muito de ir para a escola, não só para estudar como para brincar, pois como toda filha única sem outras crianças na família, sentia muita falta de conviver com pessoas da minha idade. 
     Minha mãe encapava meus livros e cadernos e eu levava para a escola toda boba, inclusive um caderno de desenho, que mesmo sem saber desenhar direito, eu adorava. A hora do recreio era pura diversão, lanchava correndo só para ter mais tempo de brincar, mas não descuidava dos trabalhos da escola e dos deveres de casa, aliás, nem que eu quisesse, pois minha mãe vigiava constantemente. Assim, minhas notas sempre foram boas, exceto de matemática, que eu sempre detestei e tive muitas dificuldade, como é até hoje.
    Hoje percebo que essa é a melhor época da nossa vida. Quando estamos lá, queremos que passe logo, quando passa, percebemos que éramos felizes sem saber.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Caderno - Toquinho

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer...(2x)